A acessibilidade ainda é uma exceção em projetos de arquitetura?
O Brasil tem visto as preocupações com acessibilidade em projetos de arquitetura crescerem muito nos últimos anos. Felizmente, profissionais e clientes estão cada vez mais preocupados em criar ambientes que atendam às necessidades de todos os seres humanos.
No entanto, apesar do crescimento da preocupação com o conforto e autonomia de pessoas com deficiências, o tema ainda gera muitas dúvidas. Mesmo sendo regulamentada por lei, a acessibilidade talvez ainda seja uma exceção em projetos de arquitetura. Quer saber mais sobre o assunto? Continue acompanhando!
O conceito de design universal
Durante muito tempo, o design se baseou exclusivamente nas medidas do homem padrão, ou seja, uma pessoa cujas medidas correspondem às medidas da maioria das pessoas. No entanto, na década de 1960 surgiu nos Estados Unidos o conceito de design universal.
O design universal é aquele que cria produtos, ambientes e serviços que podem ser usados por todas as pessoas, inclusive as pessoas com deficiência ou que tenham sua mobilidade reduzida por fatores como idade ou por uma condição temporária.
Com o aumento da expectativa de vida e com a busca pela melhor integração das pessoas com deficiência em nossa sociedade, o design universal tende a ganhar força e se tornar mais presente em todas as construções.
Os princípios do design universal
O design universal parte do princípio de que todas as pessoas têm que ser equiparáveis, independentemente de suas particularidades e habilidades individuais. Assim, ele busca criar condições flexíveis, simples e intuitivas para que todos os usuários sejam capazes de utilizar os ambientes e produtos de maneira autônoma.
Além disso, num projeto criado com design universal, as comunicações devem ser eficazes e atingir também pessoas com deficiência em algum dos sentidos, como na audição ou na visão.
O design universal contempla ainda a prevenção de erros, ou seja, deve diminuir o risco de acidentes causados por ações involuntárias. As crianças e os idosos são as maiores vítimas de acidentes domésticos e muitos deles podem ser evitados com algumas ações simples como melhor iluminação ou altura adequada de móveis e objetos.
Os desafios de criar projetos com acessibilidade
Mesmo com o assunto cada vez mais em evidência, profissionais da área e proprietários de imóveis ainda enfrentam dificuldades para colocar em prática os conceitos de acessibilidade.
Por desconhecimento ou por falta de preparo, a acessibilidade frequentemente acaba sendo deixada de lado em projetos de arquitetura. Muitas pessoas também se preocupam que as adaptações no imóvel gerem mais custos e atrapalhem o orçamento da obra.
Uma grande dificuldade da implementação de projetos com acessibilidade passa também pelo entendimento do conceito, que se torna cada vez mais amplo. Se por um tempo a grande preocupação era o acesso de pessoas em cadeiras de roda, hoje o conceito de inclusão se tornou muito mais abrangente.
A importância da acessibilidade em projetos de arquitetura
A acessibilidade garante o direito básico de ir e vir a todos os seres humanos. O assunto já tem presença obrigatória, regulamentada por lei, em novas construções e projetos. A obrigatoriedade da acessibilidade não se restringe aos espaços públicos, mas abrange também as construções residenciais.
Por isso, é importante que os profissionais da área se mantenham atualizados e sejam capacitados para oferecer as melhores soluções. Apesar de todos os desafios, a acessibilidade em projetos de arquitetura precisa deixar de ser uma exceção.
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