Para criar um espaço de venda funcional e que desenvolva os atributos estéticos da marca, é necessário um conhecimento multidisciplinar. Assim, estamos adaptados ao vocabulário típico como: conceito e gestão de marca, público-alvo, valor de investimento, branding, objetivos do consumidor, características dos produtos, do mercado e do ponto da loja.
O grande desafio está, então, em interpretar estes códigos e transporta-los corretamente para o projeto.
A arquitetura comercial deve estar conectada intrinsecamente com os logotipos, cores e padrões gráficos, mas também deve contemplar valores e estilo de vida.
Ou seja, entender o público-alvo para orientar corretamente a linguagem arquitetônica.
Esta linguagem se exprime em várias características da loja. “Em lojas do segmento de luxo, o requinte decorre da combinação de materiais nobres, linhas sóbrias, cores escuras, iluminação cênica, aromas e sons sofisticados. Já nas lojas voltadas para o mercado popular, predominam cores mais vibrantes, materiais de maior durabilidade e iluminação mais viva”, explica Flavio Radamaker.
Daí, a escolha correta de materiais como o piso, por exemplo, é um dos pontos críticos do projeto. Atender ambientes de circulação intensa e ficar atento às normas definidas pela ABNT e às informações fornecidas pelos fabricantes.
Segundo o colega Gil Nóbrega, uma loja que utiliza carrinhos, como os de supermercado e lojas de brinquedos, exige pisos de altíssima resistência, como granitos e porcelanatos. Já em uma butique, pode-se utilizar piso de PVC, que é durável, possui ótima resistência e é lavável.
Elementos que merecem atenção
O forro, outro elemento de grande importânica, que nos permite criar formas variadas, inclusive curvas, com rebaixos, sancas e contornos, deve ser cuidadosamente elaborada.
Afinal, tetos muito recortados, com muitas sancas e desníveis, podem tirar a atenção do consumidor do produto, que é o mais importante, para o teto.
A vitrine deve dispor de uma comunicação clara, objetiva e eficiente, sobretudo em shopping centers, onde a diversidade e a proximidade de lojas é muito grande.
O projeto também deve evitar o excesso de informação e garantir a visão clara e desobstruída dos produtos. Além desses itens, ainda temos que dar atenção especial para acessibilidade, iluminação, circulação, adaptação dos espaços, fachadas e paisagismo.
Tudo isso em consonância com o produto a ser vendido, o gosto pessoal do cliente ou as exigências da franquia, legislação e, por último, mas não menos importante, o valor monetário a ser investido.
Enfim, a arquitetura comercial é desafiadora e deve estar sempre atenta às novidades não só arquitetônicas, mas também entender as tendências de marketing, vendas e elementos de persuasão.
Estamos preparados para atendê-lo, dispondo de mais de 18 anos de experiência em projetos comerciais e residenciais.
Arquiteto Gustavo Shiota